A leishmaniose, também conhecida por calazar, é uma zoonose, ou seja, atinge os animais e os humanos. É causada por diferentes espécies de protozoários do gênero leishmania, transmitidos aos homens e animais por um mosquito chamado flebótomo, popularmente conhecido como mosquito-palha, que está frequentemente presente em regiões quentes e úmidas.

Os cães, são considerados reservatórios dessa doença, que recentemente foi descrita em gatos domésticos.
A Leishmaniose é transmitida ao cão por meio da picada do mosquito, após ter picado um animal infectado.
É importante ressaltar que a leishmaniose tem cura se for tratada adequadamente.
As fêmeas do mosquito-palha aparecem pela manhã e na parte da tarde, sempre rondando pessoas e animais para alimentar-se de sangue. No Brasil, a região Nordeste é considerada a principal área endêmica da doença, porém, existem casos em todo território nacional.
Existem dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. A cutânea é causada por dois tipos de parasitas,
a leishmania braziliensis e a leishmania mexicana. A visceral é originada pelos parasitas leishmania donovani,
infantum e chagasi. É importante saber que em 99,9% das vezes em que o tema é leishmaniose em cães, é da
leishmaniose visceral canina que se trata. Isso porque a cutânea não tem o cachorro como seu principal alvo, e a visceral, sim.
Sintomas
Diversos sintomas podem afetar os cães. Os sinais externos são bem característicos as lesões, descamação e
coloração branca prateada na pele. Nas patas, pode ocorrer infecção (pododermatite), pele grosseira por excesso de produção da queratina (hiperqueratose dos coxins) e unhas espessas e em formato de garras (onicogrifose).
Machucados que não saram nunca e feridas na orelha também são comuns e servem de alerta para a doença.
Outra particularidade da leishmaniose canina é que 80% dos cachorros infectados apresentam problemas oculares.
Fique atento à secreção persistente, piscadas excessivas e incômodo nos olhos.
Os cães podem apresentar nódulos e caroços, que são características típicas dessa enfermidade. De modo geral,
eles aparecem porque o sistema de defesa do organismo age contra o ataque da leishmania. Por isso, acontece o aumento do volume dos gânglios linfáticos em diversas partes do corpo do cachorro ao mesmo tempo, ou de forma fixada.

s sintomas da leishmaniose podem variar?
Sim, essa enfermidade também possui sintomas variáveis. Os órgãos internos podem ser afetados gravemente como rins, fígado, ou mesmo estruturas como o sistema digestivo. Em cada lugar agredido trará uma consequência correspondente. Entre as mais comuns estão vômito, diarreia, sangramento nas fezes, perda de apetite, desidratação e irregularidade no trato urinário.
O cão infectado frenquentemente apresenta indícios de outras doenças. Pode até mesmo contrair outra doença, agravando o quadro clínico. O organismo fica enfraquecido com a leishmaniose, dificultando o disgnóstico que geralmente é feito no início da doença.
A leishmaniose visceral canina apresenta diversos sintomas, porém, existem aqueles cachorros que não demonstram que algo está errado. A maioria das contaminações são assintomáticas, dificultando o tratamento do cão.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico só é possível através da consulta com o médico veterinário, após o contado do clínico com o paciente é feito exames laboratoriais para diagnóstico da leishmaniose canina. A primeira e mais confiável é a de observação do parasita. Ela é feita por histopatologia.
Um pequeno fragmento do corpo é retirado, como, por exemplo, um pedaço da pele, e enviado ao laboratório. Lá, as células serão analisadas através de um microscópio.
Através da citologia aspirativa também é possível fazer o diagnóstico. O veterinário com uma agulha, extrai células de determinado órgão para o processo de avaliação. Nas duas formas, o diagnóstico de leishmaniose em cães é conclusivo assim que o parasita é visto. Às duas técnicas são muito seguras para constatar a enfermidade.
Contudo, ambas as formas têm uma desvantagem. Eventualmente pode acontecer do médico veterinário fazer a retirada da amostra e não conter o protozoário.
Qual a causa da laishmaniose?
A transmissão da laishmaniose visceral canina acontece através mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Esses mosquitos em suas fases larvais se alimentam de matéria orgânica, mas quando adultos passam a se alimentar de açúcares de plantas. Somente as fêmeas adultas são hematófagas, ou seja, se alimentam de sangue, pois é o sangue que ajuda na maturação dos ovos. Suas características físicas são, cor amarelada, antenas longas, asas grandes e são revestidas por cerdas. Para diferenciar a fêmea do macho se observa que os machos não possuem a mandíbula para sugar o sangue.
Existem 3 formas da leishmaniose
• Cutânea
É causada por dois tipos de parasitas, a leishmania braziliensis e a leishmania mexicana.
• Tegumentar
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam
com maior
frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem
surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.
• Visceral
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, que atinge vários órgãos internos, principalmente o fígado,
o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos, se tornando
menos frequente depois.

Como prevenir a leishmaniose canina?
Em casos mais graves a leishmaniose pode ser fatal. Para evitar que o tutor e o cão sejam contaminados é preciso:
Coleira repelente: coleira repelente vai ajudar o cão a afastar o mosquito, evitando a contaminação.
Limpeza: evitar a proliferação do mosquito é fundamental para o combate contra a leishmanio.
Telas de proteção: a tela de proteção impede que o mosquito entre e contamine o cão.
Vacina
Manter o protocolo de vacinas do cachorro em dia é extremamente importante para a proteção. A partir dos 4 meses, o cão já pode tomar a vacina. É feita 3 doses, com intervalo de 21 dias entre elas, e deve ser repetida todos os anos. Entretanto, é preciso ressaltar que somente os cachorros avaliados como soro negativo (que comprovadamente não apresentam o parasita) podem tomá-la.
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